Afoxé Omô Nilê Ogunjá e UFPE promovem o 2º módulo da disciplina “Metodologias, Aprendizagem e a Educação das Relações Étnico-raciais”

AGÔ PARA A TROCA DE SABERES! O 2º módulo da disciplina “Metodologias, Aprendizagem e a Educação das Relações Étnico-raciais” está prestes a acontecer! Nos próximos dias 2, 3 e 4 de junho, os mestrandos e as mestrandas do Programa de Pós-graduação em Educação, Ciências e Matemática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estarão imersos na sede do llê Axé Ojuomi/Afoxé Omô Nilê Ogunjá, para aprender tecnologias ancestrais e formas diferentes de transmissão de conhecimentos com os Filhos da Casa de Ogunjá. O propósito da troca de saberes é contribuir com a implantação da Lei 10.639/2003, de modo a fortalecer a luta antirracista nas escolas e formar redes de transmissão de conhecimentos. 

A disciplina é ministrada pelos professores-doutores Marcos Barros e Ivanildo Carvalho, ambos da UFPE, com o objetivo de ampliar o debate e as ações em torno dos 20 anos da promulgação da Lei e de preparar os/as estudantes para levar ideias, projetos e ações para seus espaços de educação formal, com base no que determina a regra jurídica.

Além disso, no primeiro dia de aulas, o grupo vai visitar e fazer uma diagnóstico em quatro escolas e coletivos educacionais da comunidade do Ibura: as EREMs Lagoa Encantada, Sebastião Leme, Jordão Emereciano, a escola do Sesi e os coletivos Ibura Black, Coletiva Periféricas e a Mameto Nadja Baléginam e Kaiangu da Gomeia. A ideia é que eles proponham atividades a serem realizadas pelo Omô Nilê, dentro do “Projeto Agogô – O Enunciado que Faz Acontecer”, promovido com o apoio do Fundo Baobá para a Equidade Racial. 

 A imersão propõe um novo modelo de educação étnico-racial, buscando criar novos paradigmas, através de debates e vivências. Por meio de linguagens pedagógicas próprias do Afoxé, como canto, dança e percussão, a disciplina se propõe a unir conhecimentos ancestrais, ensinamento tradicional e experiências, integrando-os à vida.

É que a Lei está fazendo 20 anos, mas são necessários muitos passos e caminhos para que ela seja realmente efetivada nas escolas. Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Alana e pelo Geledés Instituto da Mulher Negra, em 18 de abril de 2023, revela que mais de 70% das secretarias municipais de Educação do Brasil não realizaram nenhuma ação para implantação da história e da cultura afro-brasileiras nas escolas. 

E Omô Nilê está engajado nessa luta, tanto em parceria com a UFPE quanto com a realização do “Projeto Agogô”, que leva o Afoxé para as escolas e coletivos da comunidade do Ibura. Em breve, traremos mais informações sobre mais esta proposta encantatória do Omô Nilê Ogunjá!

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